Não sejas o de hoje. Não suspires por ontens... não queiras ser o de amanhã. Faz-te sem limites no tempo. Vê a tua vida em todas as origens. Em todas as existências. Em todas as mortes. E sabes que serás assim para sempre. Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue: É a passagem que se continua. É a tua eternidade. És tu.
Telegraph cables hum and few can decipher who the message is from and deliver it quietly cause some don't get much company. The harbor becomes the sea and lighting the house keeps it collision free understand the lay of the land and don't let it hurt you or it'll be the first to
the water the water didn't realize its dangerous eyes
the mountain the mountain came to recognize its steep and rocky sides more than realized
pale as a pile of bones you hope for your babies and this is how they grow wind-battered knocked over the teeth by the shelter watching the gray sky that's acting like a good guy
the water the water came to realize its dangerous eyes
the mountain the mountain came to recognize its steep and rocky sides came to recognize its steep and rocky sides more than realized
A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere e, a estar sozinhos até no meio da multidão. Massimo Bontempelli
Vive o instante que passa. Vive-o intensamente até à última gota de sangue. É um instante banal, nada há nele que o distinga de mil outros instantes vividos. E no entanto ele é o único por ser irrepetível e isso o distingue de qualquer outro. Porque nunca mais ele será o mesmo nem tu que o estás vivendo. Absorve-o todo em ti, impregna-te dele e que ele não seja pois em vão no dar-se-te todo a ti. Olha o sol difícil entre as nuvens, respira à profundidade de ti, ouve o vento. Escuta as vozes longínquas de crianças, o ruído de um motor que passa na estrada, o silêncio que isso envolve e que fica. E pensa-te a ti que disso te apercebes, sê vivo aí, pensa-te vivo aí, sente-te aí. E que nada se perca infinitesimalmente no mundo que vives e na pessoa que és. Assim o dom estúpido e miraculoso da vida não será a estupidez maior de o não teres cumprido integralmente, de o teres desperdiçado numa vida que terá fim.
Além da conversa das mulheres, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem uma coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu.
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor Minha estrela da tarde Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde Meu amor, meu amor Eu não tenho a certeza Se tu és a alegria ou se és a tristeza Meu amor, meu amor Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.
Mãe, eu quero ir-me embora – a vida não é nada daquilo que disseste quando os meus seios começaram a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande, murcharam tão depressa as rosas que me deram – se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.
Mãe, eu quero ir-me embora – os meus sonhos estão cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos, só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos os sonhos que tiveste para mim – tenho a casa vazia, deitei-me com mais homens do que aqueles que amei e o que amei de verdade nunca acordou comigo.
Mãe, eu quero ir-me embora – nenhum sorriso abre caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca. Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez não chames pelo meu nome, não me peças que fique – as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.
Mãe, eu vou-me embora – esperei a vida inteira por quem nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem. Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas essa voz, tu sabes, não é a tua – a última canção sobre o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.
sopra o fumo do cigarro. não está aí ninguém? não. a madeira estala. as sombras. são nuvens alaranjadas. não, são bichos. quem? estão a dormir. deixa-os sossegados. vai para a cama. e se me apanham no caminho? tens medo? tenho. está a uivar, é um lobo. não, é o vento. agora tocou-me. sentiste? cala-te dói muito? sim. mas cala-te. vai dormir.
Uma rapariga estava à espera do seu voo, na sala de embarque de um grande aeroporto. Como tinha que esperar muito tempo, resolveu comprar um livro para ir lendo. Comprou, também, um pacote de biscoitos. Sentou-se numa poltrona, na sala do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao lado da poltrona onde estava o saco de biscoitos sentou-se um homem, que abriu uma revista e começou a ler. Quando ela pegou no primeiro biscoito, o homem também pegou num. Sentiu-se indignada mas não disse nada. Apenas pensou: "Mas que atrevido! Devia dar-lhe uma bofetada, para que ele nunca mais esquecesse este atrevimento!" Cada biscoito que ela tirava, o homem também tirava um. Aquilo estava a deixá-la indignada, mas não conseguia reagir. Quando restava apenas um biscoito, ela pensou: "Ah... vamos ver o que este abusador vai fazer agora?" Então, o homem dividiu o último biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela. Aquilo era demais!
Ela estava furiosa! Então, ela pegou no seu livro, nas suas coisas e dirigiu-se ao local de embarque. Já no interior do avião, olhou para dentro da bolsa para tirar os óculos e, para sua surpresa, o seu pacote de biscoitos estava lá, ainda intacto, fechadinho! Sentiu tanta vergonha! Percebeu então que ela é que estava errada...
Ela tinha-se esquecido que os biscoitos estavam guardados na sua bolsa. O homem tinha dividido os biscoitos dele sem se sentir indignado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar a dividir os biscoitos dela com ele. E já não havia mais tempo para se explicar...nem pedir desculpas! Existem 4 coisas que não se recuperam: A pedra depois de atirada! A palavra depois de proferida! A oportunidade depois de perdida! O tempo depois de passado!
A raiz do mal reside no facto de se insistir demasiadamente que no êxito da competição está a principal fonte da felicidade.
Não nego que o sentimento do triunfo torna a vida mais agradável.
Um pintor, por exemplo, que viveu obscuramente na juventude, decerto se sentirá feliz se o seu talento acabar por ser reconhecido.
Não nego também que o dinheiro, até um certo limite, é capaz de aumentar a felicidade; para lá desse limite, julgo que não.
O que eu afirmo é que o êxito só pode ser um dos vários elementos da felicidade e que é demasiado o preço pelo qual se obtém se a ele se sacrificam todos os outros.
sentaram-se e um deles começou a discutir e deu uma bofetada ao companheiro. O outro, ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia:
»Hoje o meu melhor amigo bateu-me no rosto«. Levantaram-se e continuaram a caminhada.
Chegaram a um oásis e resolveram tomar banho. O que tinha sido esbofeteado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao sair da água, pegou num estilete e escreveu numa pedra:
»Hoje o meu melhor amigo salvou-me a vida«. Intrigado, o amigo perguntou: - Por que é que, depois de eu te bater, escreveste na areia e agora escreves na rocha?
Sorrindo, o outro amigo respondeu: - Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia,
onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de tudo apagar.
Há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida pensava eu... como seriam felizes as mulheres à beira mar debruçadas para a luz caiada remendando o pano das velas espiando o mar e a longitude do amor embarcado
por vezes uma gaivota pousava nas águas outras era o sol que cegava e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve que nunca mais avistei cidades crepusculares e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta inclino-me de novo para o pano deste século recomeço a bordar ou a dormir tanto faz sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade.
«O destino une e separa pessoas, mas mesmo ele sendo tão forte, é incapaz de fazer com que esqueçamos pessoas que por algum momento nos fizeram felizes...»
Mensagem da White Angel:
Tentem viver o dia de hoje bem devagarinho, tentem aproveitar todos os segundinhos e só depois virem a página...
Este é o meu mundo perfeito, (apercebi-me disso agora(!), as palavras e a música embalam-me e esqueço o mundo lá fora)...